Olho pela janela e uma luz enche-me a sala. Decido inspirar o ar da rua, cheirar a terra molhada pela chuva recente, que ainda cai. Não há movimento. É tarde. A lua começa a esconder-se; procura, também ela, o aconchego de uma cama. Não quero ir. Quero ficar. Aqui, nesta janela, a olhar o mundo que se estende até lá longe... quero ficar e olhar esta luz que me inebria, sorrir ao imaginar e imaginar ao sorrir.
Olho pela janela. Procuro-te. Imagino que cada ponto de luz que vejo és tu, e que a lua se esvai por causa de não estarmos juntos. Recordo noites e noites em que, juntos, olhámos esta mesma lua. Recordo a nossa paixão, o nosso amor, o nosso amor pela lua e pelas luzes que, imóveis, parecem querer dizer-nos algo...
Recordo as viagens com luz artificial, jantares à luz das velas, e velas que iluminavam a nossa intimidade. Adoro a luz. Adoro-te. Por isso, para ti, uma chuva de luz.
Amo-te!
sexta-feira, 16 de junho de 2006
outras chuvas
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 18:06
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário