quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Não acredito em bruxas... pero que las hay, hay

Uma correria louca entre capelinhas e tudo por causa de um recibo verde que ficou congelado desde Setembro até hoje... é o que dá ser-se cumpridor!

Desdobro-me em contactos com as finanças e com a entidade que decidiu congelar o recibo para tentar resolver toda a situação... no meio desta azáfama, um encontro casual com o mecânico que transportava na mala o meu eixo...

Qual é a razão de que sempre que há um problema, outro aparece logo de seguida para compor ainda mais o ramalhete...

Para afastar estas ideias, deixo que o meu pensamento voe pela janela entreaberta e esta tarde soalheira, leva-me, não sei porquê, a pensar em amapolas...

De Tarde

Naquele "pic-nic" de burguesas,
Houve uma
coisa simplesmente bela,
E
que sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi
quando tu, descendo do burrico,
Foste
colher, sem imposturas tolas,
A
um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima de uns penhascos,
Nós acampamos, inda o sol se via;
E houve talhadas de
melão, damascos,
E
pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos
teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda,
O
ramalhete rubro de papoulas!

Cesário Verde

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

lição de mecânica


Isto é um eixo traseiro... já os tinha visto antes, mas nunca com tanto ciudado, atenção e uma pontinha de raiva...

Uma roda a abanar como um oito não é, obviamente, bom sinal! Contudo, nunca esperei que o resultado final fosse algo de tão assinalável. Depois de uma loooooooonga conversa com o mecânico, lá fiquei a perceber a perceber a causa , mas, mais do que qualquer outra coisa, a consequência.


Não vou ter carro tão depressa e tudo porque os rolamentos pifaram, o que levou a que o eixo começasse a ceder aos poucos e a que agora o carro esteja em cima de dois apoios, só com as rodas da frente apoiadas no chão!

Ironia de toda a situação: o problema foi descoberto depois de uma ida à inspecção periódica onde nada relativo ao eixo me foi dito!! É este o país que temos, certo?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

a saudade que fica


Acabei agora um trabalho que devia ter feito em Setembro, que pode ser lido aqui... o atraso é irreparável, isso é certo, mas o sorriso nos lábios graças às recordações de uma experiência tão marcante como o último verão atenuam o desgosto de tamanho atraso.

Agora que sei que talvez esteja temporariamente afastado destas lides, sinto que um grande pedaço de mim se separou do resto do corpo, à maneira daquela Jangada preconizada por Saramago... e essa separação vai moendo, remoendo e esmagando o futuro.

Contudo, há uma vantagem no meio desta história... como sou português, deixo a saudade trabalhar, fluir pelas memórias e trazer-me, suavemente, um sorriso de volta aos meus lábios.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

post apenas perceptível para alguns



O tempo passa e esgota-se. A angústia aumenta e cada hora é uma aproximação inexorável ao momento crítico.

Só espero que tudo se resolva pelo melhor!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

¡hostia!

Um trabalho mais ou menos hercúleo acabou... hoje entreguei as notas e tenho dois documentos excel que, depois de impressos, devem dar para substituir um qualquer papel de parede numa velha casa...

Hoje parei e olho para a frente com dúvidas, preocupado com o futuro imediato de um projecto antigo... preocupado com o facto de que a solução não passa directamente por mim e que eu estou de mãos e pés atados...

Hesito...