segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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Este fim de semana foi bom. Foi relaxado e simples. Foi recheado e saboroso. Foi um fim de semana que nos trouxe um sorriso inesquecível, de orelha a orelha.

O outono parece ter chegado em força... as árvores pintaram-se de amarelo, como os teus cabelos e o fumo das queimadas desponta pelo horizonte da nossa cova da beira, preparando a terra para as sementes que hão-de frutificar.


Tudo começa a ser tratado, cuidado e preparado. Agora resta-nos esperar. pacientemente...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

vem chuva, vem (*)

Viajo na minha mente. Tento recordar formas simpáticas de fugir a este calor que queima a planície. Penso em montes brancos, pintados com açúcar em pó por frias noites de larga invernia, mas o choque térmico parece-me exageradamente extremado.

Refugio-me apenas em tardes de uma chuva monótona, triste e repetitiva. Contudo, a humidade que me percorre os ossos, como a maresia sobe pela praia da Madalena, tolda-me o pensamento.


Paro e recomeço.

Viajo na minha mente. Viajo até à fonte de água cristalina e fresca. Uma das muitas que preenche espaços de recordação na minha fresca serra. A temperatura amena. A água que escorre pelo granito a recordar a estação das chuvas e o degelo das neves. A brisa permanente que canta quando desliza pela urze...

Viajo. Viajo para fugir deste verão interminável. Espero a chuva que encha as fontes de água minguante.... espero...




(*) Título obviamente surripiado do mítico repertório de Jorge Palma

terça-feira, 11 de outubro de 2011

sonata de outono (*)


Revisito textos antigos, revivo sentimentos e viajo até tempos passados: momentos de felicidade ou de tristeza fazem-me olhar para trás.

Muitos outros momentos houve que não tiveram direito a ver a luz de todos os monitores que por aqui vão passando. Recordo também alguns deles, como aquelas "imagens que passais pela retina". Paro de escrever e olho, absorto, o sol que, quente, fustiga os solos secos da campina.


É a monotonia de uma tarde de outono que me invade; apesar do que parece, o outono já chegou e, como ele, a monotonia que muitas vezes me invade e que, habitualmente, dura até às primeiras neves.


O tempo é, de facto, uma coisa tramada... apesar do sol, do calor e da roupa primaveril... o outono...


...instalou-se.



(*) Título obviamente surripiado do fantástico repertório de Carlos do Carmo