segunda-feira, 17 de outubro de 2011

vem chuva, vem (*)

Viajo na minha mente. Tento recordar formas simpáticas de fugir a este calor que queima a planície. Penso em montes brancos, pintados com açúcar em pó por frias noites de larga invernia, mas o choque térmico parece-me exageradamente extremado.

Refugio-me apenas em tardes de uma chuva monótona, triste e repetitiva. Contudo, a humidade que me percorre os ossos, como a maresia sobe pela praia da Madalena, tolda-me o pensamento.


Paro e recomeço.

Viajo na minha mente. Viajo até à fonte de água cristalina e fresca. Uma das muitas que preenche espaços de recordação na minha fresca serra. A temperatura amena. A água que escorre pelo granito a recordar a estação das chuvas e o degelo das neves. A brisa permanente que canta quando desliza pela urze...

Viajo. Viajo para fugir deste verão interminável. Espero a chuva que encha as fontes de água minguante.... espero...




(*) Título obviamente surripiado do mítico repertório de Jorge Palma

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