Viajo na minha mente. Tento recordar formas simpáticas de fugir a este calor que queima a planície. Penso em montes brancos, pintados com açúcar em pó por frias noites de larga invernia, mas o choque térmico parece-me exageradamente extremado.
Refugio-me apenas em tardes de uma chuva monótona, triste e repetitiva. Contudo, a humidade que me percorre os ossos, como a maresia sobe pela praia da Madalena, tolda-me o pensamento.
Paro e recomeço.Viajo na minha mente. Viajo até à fonte de água cristalina e fresca. Uma das muitas que preenche espaços de recordação na minha fresca serra. A temperatura amena. A água que escorre pelo granito a recordar a estação das chuvas e o degelo das neves. A brisa permanente que canta quando desliza pela urze...
Viajo. Viajo para fugir deste verão interminável. Espero a chuva que encha as fontes de água minguante.... espero...
(*) Título obviamente surripiado do mítico repertório de Jorge Palma
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
vem chuva, vem (*)
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 17:10
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