Depois das chaves terem ficado do lado de dentro da fechadura no dia de ontem, hoje foi a vez de ter deixado, no carro (?), aquele útil apetrecho que nos permite ver melhor. Hoje foi a vez dos óculos e começo já a pensar sobre o que ficará esquecido amanhã.
Alguém quer colocar alguma hipótese em jogo? As probalidades de que algo de estranhamente estúpido aconteça amanhã são grandes. Enormes.
Vou semicerrando os olhos. Vou esforçando, esforçando até não poder mais. Tenho, hoje, este desafio pela frente e, so far so good...
Joder. Logo hoje, que ouvi dizer que o dia vai ser longo!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
a estupidez é uma coisa tramada ii
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 12:15 1 remexidelas na gaveta
terça-feira, 28 de julho de 2009
a estupidez é um coisa tramada
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 12:32 0 remexidelas na gaveta
domingo, 26 de julho de 2009
domingo
Um domingo à beira-douro. Chegar ao Porto a pé, pois quem vem e atravessa o rio, junto à serra do Pilar, fica sempre com imagens que tardam em desvanecer-se.
Reflexos de sol na água do rio lá em baixo, gritos de mergulhos na margem norte e gritos de trânsito no lado sul. Barcos oscilantes de impaciência nas águas azuis do Douro. Fotografias e risos em pleno tabuleiro superior da D. Luís. Arquitecturas de conjecturas em casas que se desdesenham (*) em hera.
Fim de tarde mais animado e surpreendente, com o show case dos OqueStrada na Fnac de Sta. Catarina. Quase uma hora e meia de concerto intimista e bem-disposto, com o acordeão em pano de fundo.
Estou reconfortado. Mais algumas golfadas de ar e sinto que posso voltar.
Volto à província.
(*) Criação livre com base numa divertida palavra do castelhano: desdibujar
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 19:07 0 remexidelas na gaveta
uma viagem no tempo e no espaço
Ontem o dia foi de folga, de passeio. Foi um dia sem relógio no pulso e sem horas para nada. Houve encontros e reencontros, conversas, comidas e risos sem fim.
Durante a tarde de ontem houve também viagens espacio-temporais; com uma pasteleira.
Pedalei, pedalei e pedalei, espreitando recantos incógnitos e arquitecturas díspares. Foi uma curta viagem turística pela beira litoral, no seu transporte mais típico.
Senti-me como se me deslocasse num qualquer comboio turístico, percorrendo diferentes pontos de interesse. Senti-me com força para pedalar até mais não!
Era eu e a pasteleira. E, naquela tira negra de alcatrão, olhei para os pedais, para o guiador, para o quadro... e tentei escutar que estórias teria ela para me contar. Concentrei-me e apenas pude ouvir o ar que ia cortando à minha passagem.
Pedalei com mais força ainda.
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 11:13 0 remexidelas na gaveta
sexta-feira, 24 de julho de 2009
é melhor untar com um pouco de vaselina
Hoje, um pouco de pornografia neste estaminé. Acho que, por aqui, faz falta alguma notícia picante, deveria haver um pouco mais de obscenidade; creio bem que o decoro e o pudor em demasia poderão, eventualmente, afastar deste cantinho algumas pessoas.
Suponho que a lascívia a que agora dedico este post poderá, de algum modo, contribuir grandemente para a fidelização de alguns leitores, mais interessados neste tipo de questões.
Assim sendo, aqui deixo um link com pornografia da boa, made in Portugal. É só clicar. Aqui.
Como disse, pornografia da boa. Eu também fiz as contas e ainda estou às voltas. Para ser mais preciso, dei 89 milhões de voltas e ainda não tenho a certeza do que li. Talvez seja porque já não estudo matemática há muito muito tempo...
*_Fotos criativamente surripadas daqui.
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 09:27 2 remexidelas na gaveta
quinta-feira, 23 de julho de 2009
chuva
Acordo com uma chuva persistente que bate, lá fora, na terra seca por estes últimos dias de sol.
Acordo ao som contínuo da chuva que chegou a destempo, que chegou sem que as férias tenham chegado.
Este fim-de-semana, com planos que incluíam actividades veraneantes, deverá ter de ser replaneado, reorientado e redirigido. Ou então não.
Talvez vá até à praia só para ver o reencontro entre as águas e perguntar-lhe se viram o verão, porque eu gostava de o encontrar. Nem que fosse só para a semana que vem!
Acordei com uma chuva persistente lá fora, mas o sol inundava-me o quarto.
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 08:52 1 remexidelas na gaveta
quarta-feira, 22 de julho de 2009
cosmética incisiva
Pequena, pequeníssima remodelação. Uns retoques na pintura, como é habitual no verão. Um pequeno e breve trabalho de bricolage que acompanha a evolução da tecnologia.
Descubro agora o twitter, mas sem abandonar esta minha casa de há alguns anos. Aqui deixo mais uma gaveta que parece querer abrir-se de quando em vez.
Quem alinha?
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 00:39 0 remexidelas na gaveta
sábado, 18 de julho de 2009
uma letra...uma única letra...
Uma letra. Uma simples letra pode fazer grandes diferenças. Seja, para o caso, um A ou não. Não falo de gripe, apesar desta problemática se associar, de algum modo, a questões nasais e respiratórias em geral...
Este fim-de-semana, por causa do vento, a Protecção Civil colocou metade do país em alerta amarelo, pomposa adjectivação que vai colorindo a vida a preto e branco de alguns cinzentões deste país. Contudo, com esse alerta amarelo, decorrente de um vento incessantemente, dispara também a minha alergia.
Por isso, já decidi. No próximo fim-de-semana, não me apanham pelo interior cálido e ventoso. Já decidi. No próximo fim-de-semana vou tentar (re) encontrar quem, um dia, se cruzou comigo no interior alentejano.
No próximo fim-de-semana vou aproveitar a beira-mar e a beira-rio; as conversas agradáveis e os passeios revigorantes; um bom porto e um bom tinto...
Já decidi. No próximo fim-de-semana troco a alergia pela alegria.
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 11:59 0 remexidelas na gaveta
quarta-feira, 8 de julho de 2009
um capítulo que se fecha
Dou hoje por concluído um capítulo, vou passar o separador e pensar que experiências assim se poderão repetir. Não foi algo totalmente novo, mas houve algo de inovador. Houve mudanças de hábitos que nos surpreendem em cada uma das voltas que a nossa vida acaba sempre por dar. Isto porque pensamos sempre que aquilo fazemos é imutável, que não haverá nunca alterações de nenhuma ordem apenas porque "assim funciona".
É um passar de página. Fecha-se o livro e deixa-se à vista, para a ele recorrermos de novo, talvez em breve, talvez mais tarde. Hoje o calendário ditou o fim; ou um interregno. Foram conhecimentos que ficarão para o futuro e um sorriso dissimulado nos lábios quando vislumbrava, numa palavra, uma evocação de aprendizagens. Contudo, nesta mudança de página há uma imagem que guardarei para sempre na minha memória...
A vontade de aprender, supera, em grande medida algumas potenciais limitações.
E mais não digo. Fica entre nós. Ou talvez fique só para mim, se tu nunca abrires esta gaveta.
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 15:05 0 remexidelas na gaveta
sábado, 4 de julho de 2009
pés molhados
Hoje foi dia de molhar os pés na água fria do norte. Hoje foi dia de passear, sem relógios, sem agendas e sem responsabilidades.
Hoje o dia amanheceu cedo, com o sol entrava pelos meus ouvidos dentro e o ócio chamava. A praia recebeu-nos, ainda deserta, e a paisagem que nos envolvia devolveu-nos forças perdidas.
Hoje, um passeio à beira mar com a água a emaranhar-se nos nossos pés, a enrolar-se nos dedos e a areia a crepitar em cada pegada com que íamos preenchendo a praia.
Hoje, o descanso, na areia da Madalena, foi retemperador... o descanso, com o ir e voltar das ondas que apagavam a memória da nossa passagem pelo areal, acabou por trazer-nos sorrisos e aptidões a desenvolver.
Agora, há que arregaçar as mangas... e as lembranças de uma manhã de sol perdurarão...
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 20:10 1 remexidelas na gaveta