quinta-feira, 14 de setembro de 2006

volta...


Volta, como este sol que regressa todas as manhãs e que brinca comigo até eu acordar, volta como as andorinhas que começam a esvoaçar no céu com os primeiros laivos da primavera, volta como o frio que começa já a preencher algumas noites ou como a água que acaba sempre por voltar a cair...

Volta... simplesmente porque me fazes falta...

Volta... porque te amo.

primeiro dia em elvas

Outros mais virão...

terça-feira, 12 de setembro de 2006

elvas aqui vou eu...


E hoje, de surpresa, um horário que espera por mim em Elvas... o receio, a alegria, o cumprir de um objectivo, o medo, um sem fim de sentimentos que não consigo descrever!!!

Contudo, amanhã, vou-me fazer à estrada para conhecer o meu futuro local de trabalho, para arranjar casa, para TUDO!!!

Por isso mesmo, até breve... eu prometo voltar e continuar sempre, sempre por aqui...

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

hoje acordei de luto


Nenhum homem é uma ILHA isolada; cada homem é uma partícula do CONTINENTE, uma parte da TERRA; se um TORRÃO é arrastado para o MAR, a EUROPA fica diminuida, como se fosse um PROMONTÓRIO, como se fosse a CASA dos teus AMIGOS ou a TUA PRÓPRIA; a MORTE de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do GÉNERO HUMANO. e por isso não perguntes por quem os SINOS dobram; eles dobram por TI

JOHN DONNE

memórias de Agosto


Final de Agosto. Final de mais um curso de verão. Foram cinco semanas de trabalho, sorrisos e até de alguns aborrecimentos... contudo, o saldo final é muito positivo: os sorrisos dizem tudo. É assim que ensinamos aos nossos alunos o que é a saudade, apesar de eles só o estarem a descobrir por estes dias...


Obrigado a todos; MUITO MUITO OBRIGADO POR TUDO!

operação de cosmética

A gaveta acabou agora de sair do bloco operatório, onde foi submetida a uma delicada intervenção cirúrgica, tendo em vista o melhoramento da sua aparência... deve ainda acrescentar-se que ao nível de conteúdo nem uma linha de orientação foi alterada, pelo que esta gaveta vai poder continuar aberta por (espera-se) muitos e longos anos.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

carinho e atenção

Foi o que eu decidi dar aos meus pais estes dias... depois de tanto tempo sem um minuto para respirar quanto mais para estar com todos aqueles que são importantes para mim, hoje dediquei-lhes todo o tempo do mundo.

E, posso dizer, um sorriso retribui tudo!

hoje lembrei-me de...

Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra,
Ao luar e ao sonho, na estrada deserta,
Sozinho guio, guio quase devagar, e um pouco
Me parece, ou me forço um pouco para que me pareça,
Que sigo por outra estrada, por outro sonho, por outro mundo,
Que sigo sem haver Lisboa deixada ou Sintra a que ir ter,
Que sigo, e que mais haverá em seguir senão não parar mas seguir?

Vou passar a noite a Sintra por não poder passá-la em Lisboa,
Mas, quando chegar a Sintra, terei pena de não ter ficado em Lisboa.
Sempre esta inquietação sem propósito, sem nexo, sem conseqüência,
Sempre, sempre, sempre,
Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida...

Maleável aos meus movimentos subconscientes do volante,
Galga sob mim comigo o automóvel que me emprestaram.
Sorrio do símbolo, ao pensar nele, e ao virar à direita.
Em quantas coisas que me emprestaram eu sigo no mundo
Quantas coisas que me emprestaram guio como minhas!
Quanto me emprestaram, ai de mim!, eu próprio sou!

À esquerda o casebre — sim, o casebre — à beira da estrada
À direita o campo aberto, com a lua ao longe.
O automóvel, que parecia há pouco dar-me liberdade,
É agora uma coisa onde estou fechado
Que só posso conduzir se nele estiver fechado,
Que só domino se me incluir nele, se ele me incluir a mim.

À esquerda lá para trás o casebre modesto, mais que modesto.
A vida ali deve ser feliz, só porque não é a minha.
Se alguém me viu da janela do casebre, sonhará: Aquele é que é feliz.
Talvez à criança espreitando pelos vidros da janela do andar que está em cima
Fiquei (com o automóvel emprestado) como um sonho, uma fada real.
Talvez à rapariga que olhou, ouvindo o motor, pela janela da cozinha
No pavimento térreo,
Sou qualquer coisa do príncipe de todo o coração de rapariga,
E ela me olhará de esguelha, pelos vidros, até à curva em que me perdi.
Deixarei sonhos atrás de mim, ou é o automóvel que os deixa?

Eu, guiador do automóvel emprestado, ou o automóvel emprestado que eu guio?

Na estrada de Sintra ao luar, na tristeza, ante os campos e a noite,
Guiando o Chevrolet emprestado desconsoladamente,
Perco-me na estrada futura, sumo-me na distância que alcanço,
E, num desejo terrível, súbido, violento, inconcebível,
Acelero...
Mas o meu coração ficou no monte de pedras, de que me desviei ao vê-lo sem vê-lo,

À porta do casebre,
O meu coração vazio,
O meu coração insatisfeito,
O meu coração mais humano do que eu, mais exato que a vida.

Na estrada de Sintra, perto da meia-noite, ao luar, ao votante,
Na estrada de Sintra, que cansaço da própria imaginação,
Na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
Na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim...


Álvaro de Campos

nove meses depois...

a minha carteira reapareceu...

Recebo a visita da GNR para me informar do seu reaparecimento em Manteigas, bem perto do local onde ficou estilhaçado o vidro do carro. Estava lá tudo, excepto o dinheiro: agora tenho dois bilhetes de identidade, duas cartas de condução, dois cartões de contribuinte, ... duas vezes tudo!!!!

Até as coisas da carteira da minha princesa estavam no mesmo sítio... saldo final: um vidro partido, dois telemóveis e o dinheiro... de resto, tudo voltou a casa!

É uma sensação estranha, a de rever a nossa carteira, nove meses depois... mas o seu a seu dono e, apesar de repetidos, os meus documentos são os meus documentos!


Um muito obrigado ao sapador florestal que a encontrou e devolveu à GNR de Manteigas.

Contudo, a sensação estranha permanece...

domingo, 3 de setembro de 2006

setembro

... chegou e com ele o abrandar de um ritmo absolutamente frenético... ainda estou na fase de perder os hábitos criados durante cinco semanas!

Esta foi a razão pela qual esta gaveta esteve mais ou menos fechada durante o mês de Agosto... mas agora volta, como o fresco que já se sente após o sol posto ou como o regresso à rotina diária depois de uns dias junto da maresia e do marulho... volta para recuperar tudo o que se viveu no mês de Agosto e para tudo o que ainda está ao virar daquela esquina.

"O mundo é já aí"...

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

início das férias

Esta data, que é, para muitos, de regresso ao trabalho, é, para mim (e para o resto da equipa) de início de férias. Foram cinco semanas extenuantes, cinco semanas intensivas mas também foram cinco semanas de descoberta e de amizade.

Hoje, Agora, Amanhã... as saudades... o vazio... e uma sala vazia onde ainda ecoam vozes de toda a europa.

Beijos e abraços para todos, da Covilhã para onde quer que o fado vos tenha levado...

Até qualquer dia...