A vida mostra-nos o frágil que somos, talvez até mais do que uma vez por dia. Olhamos para trás e suspiramos. Respiramos fundo e pensamos no que podia ter acontecido.
Hoje o dia começou com uma dessas situações. A mistura explosiva invernal fazia-se sentir no alcatrão imóvel e traiçoeiro que me conduziu. Recta, curva, lomba, recta, curva e zás, lá estava ele: veículo e condutora, fora da estrada e a salvo de qualquer mazela.
Dou a volta, encosto. Queremos assegurar-nos (eu e os meus companheiros de viagem) de que tudo está bem. A condutora acidentada reconhece-me. No meio do nervosismo, trata-me pelo nome e isso parece reconfortá-la um pouco mais.
Trocámos conversas naturalmente desconexas, com nervosismo e telefonemas à mistura. Trocámos contactos... arrancámos em direcção ao nosso destino analisando cada milímetro do alcatrão que nos acompanhava com desconfiança.
Foi um reencontro curto e em circunstâncias pouco ortodoxas. Mas talvez por isso mesmo, hoje, eu olho para trás e suspiro. Respiro fundo e penso no que podia ter acontecido.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
reencontro
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 09:39
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2 comentários:
Também gosto de histórias da vida real!
Já não me lembro como vim aqui parar, mas posso dizer-te que até gosto do ambiente!
Espero então que tenhas tomado nota da direcção que tomaste até chegar aqui, para que voltes sempre que te apeteça.
Sê bem-vinda! já sabes que aqui por estes lados há sempre uma gaveta aberta...
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