sexta-feira, 25 de setembro de 2009

chocalhando


É este o resumo. Gente, gente e ainda mais gente. Milhares de pessoas deambulando rua abaixo rua acima à procura de música, animação e bebida. Muita bebida.

Pelas ruas estreitas e frias de Alpedrinha, o calor humano imperava. Caras conhecidas, amigos, caras menos conhecidas e perfeitos desconhecid
os, todas as razões eram boas para uma troca de palavras que fazem desta festa algo de extraordinário.

As caras quase indefinidas que conformavam os magotes de gente que por ali circulavam, aparentemente sem destino, acabavam sempre por trazer-nos à memória alguma história, alguma recordação. Há encontros e desencontros que os milhares rapidamente nos levam a esquecer e a beber mais uma ginjinha.


E houve ainda um agradável concerto que, num plano picado, teve como pano de fundo o Palácio do Picadeiro. Magnífica actuação de Tereza Salgueiro em que os sons tradicionais iam ecoando nas pedras centenárias do Chafariz. E os mesmos magotes de gente, na tentativa de assistir ao concerto, de passar ao largo, de passar...

A animação das tasquinhas, a animação de rua, a animação de um jantar que não chegava nunca e a animação provocada por uma luz que não conseguia ser contínua... tudo fez, faz e fará parte dos Chocalhos.

Para o ano lá estaremos novamente, quando o calor começar a querer desaparecer e os pastores de outrora comecem a pensar em grandes viagens de grandes rebanhos. Lá estaremos para que os nossos risos ecoem no granito de Alpedrinha, juntando-se ao murmulho que, lá longe, recorda o marulho das ondas, de ondas de gente animada, feliz e errante.


1 comentário:

Anónimo disse...

Chocalhada, chocalhada .......
Nunca pensei que me fosse apaixonar tanto por festas de pastores e rebanhos.
Sim, esses que eu pensava que deambulavam pelas cidades, mas que infelizmente, cada vez mais são escassos.
Parabéns a quem se lembra de fazer homenagem a esta profissão e nos concede o prazer de fazer parte dela, pois é uma sensação que todos devíamos conhecer e recomendar......