Um fim de semana a norte, embalado pelo som do mar que se ia enrolando suavemente na areia fria. Escutei-o infinitamente ecoando dentro de mim bem depois de o ter deixado para trás; escutava-o ainda antes de o alcançar, quando o ruído martelado do motor rompia a quietude do alcatrão quente e negro, escuro como uma memória que queremos recordar e que se nos escapa.
Um fim de semana a norte para carregar baterias, embalado pelo som do mar que embatia friamente na costa rochosa. Escutei a forma como rebentava e ouvi-me em eco, lá longe, muito longe... embora perceptível.
Um fim de semana a norte, também, para me encontrar. Para perceber que o mar é também calmo e expressivo mesmo sem romper a harmonia das rochas e a quietude de uma noite estrelada e com um luar redondo, quente e que (me) iluminava até o mais profundo de mim.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
a norte
devaneio retirado da gaveta por André quando o relógio marcava 12:55
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2 comentários:
Um fim de semana a Norte para encontrares o teu Norte...?
Quem disse que os jogos de palavras são inócuos e sem sentido??? nem mais.
O mar é sempre um bom conselheiro, eu só me aproveitei dele.
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